Trabalhadores da Sacopor reclamam aumentos e diuturnidades
Trabalhadores da Sacopor, empresa do grupo Cimpor com instalações na Zona Industrial do Carregado, paralisaram esta segunda-feira, reclamando respostas concretas da administração ao caderno reivindicativo que entregaram a 8 de Fevereiro. O Sindicato das Indústrias Transformadoras, Energia e Actividades do Ambiente aponta para uma adesão da ordem dos 80 por cento nos dois turnos de uma unidade com 42 funcionários. Fonte oficial da empresa contrapõe que a adesão rondou os 60 por cento.
A Sacopor, especializada no fabrico de sacos de papel para cimento, fornece essencialmente as fábricas do grupo Cimpor. Segundo Ricardo Carvalho, dirigente sindical e funcionário da Sacopor, tem havido alguma redução nas encomendas, mas a empresa mantém um ritmo razoável de produção e tem apresentado resultados financeiros equilibrados. O problema é que, refere, os trabalhadores sentem que não têm o mesmo tratamento de colegas de outras empresas do grupo.
Considerando que os aumentos salariais dos últimos três anos têm sido “inferiores” a outras empresas do grupo, aprovaram, em plenário, um caderno reivindicativo que reclama aumentos de 4 por cento com um mínimo de 40 euros. Outro motivo de descontentamento é o facto desta empresa não praticar diuturnidades. “A maior parte das empresas do grupo tem diuturnidades e nós não temos mesmo”, sustenta Ricardo Carvalho, explicando que os trabalhadores esperam uma respostas que “respeite a dignidade das pessoas”.
Fonte oficial da Sacopor garantiu, por seu turno, ao Voz Ribatejana, que os trabalhadores da empresa tiveram, este ano, um aumento de 1, 8 por cento, igual ao de todas as outras empresas do grupo. “Sublinhamos que, nos últimos anos – não obstante as condições económico-financeiras adversas - a empresa tem sempre proporcionado um aumento salarial superior à inflação registada, garantindo ainda, para os níveis remuneratórios mais baixos, um aumento mínimo, que tem proporcionado a valorização dos salários”, sustenta a mesma fonte da Sacopor, assegurando que, “como foi e é pratica do Grupo Cimpor, a via do diálogo será sempre a escolhida para resolução destas questões”.
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